Nível de progesterona na menopausa: o que muda?

Muitas das minhas pacientes não entendem porque o nível de progesterona na menopausa sofre uma redução acentuada, impactando o bem-estar, o ciclo menstrual e funções essenciais do corpo feminino.

Ao longo da minha experiência como endocrinologista com foco em reposição hormonal na menopausa, posso afirmar que entender essas mudanças é fundamental para lidar com os sintomas e buscar alternativas que favorecem o equilíbrio hormonal.

O papel da progesterona no corpo feminino

A progesterona é um hormônio produzido principalmente pelos ovários e, em menor escala, pelas glândulas suprarrenais.

Ela regula o ciclo menstrual, prepara o útero para a gestação e exerce efeitos sobre o metabolismo, saúde óssea e equilíbrio emocional.

O que muda com o nível de progesterona na menopausa?

Durante a menopausa, a ovulação cessa e, consequentemente, a produção de progesterona pelo corpo lúteo praticamente desaparece.

O valor normal cai para menos de 0,4 ng/mL, tornando-se praticamente indetectável nos exames laboratoriais.

Essa queda natural pode gerar sintomas físicos e emocionais, principalmente quando associada à diminuição do estrogênio.

Principais sintomas da queda de progesterona na menopausa

Entre os sintomas mais comuns ligados à baixa progesterona nessa fase, destaco:

  • Ciclos menstruais irregulares ou ausência de menstruação.
  • Ondas de calor.
  • Alterações do humor, ansiedade e irritabilidade.
  • Distúrbios do sono e fadiga.
  • Ganho de peso e retenção de líquidos.
  • Queda de libido e lubrificação vaginal reduzida.
  • Diminuição da densidade óssea.

Por que a progesterona cai na menopausa?

A queda dos níveis de progesterona ocorre porque, com o fim da ovulação, não há mais formação do corpo lúteo, estrutura responsável pela produção desse hormônio.

Com o passar dos anos, os folículos ovarianos se esgotam, levando ao encerramento do ciclo reprodutivo feminino e ao declínio hormonal típico da menopausa.

Consequências do déficit de progesterona

Além dos sintomas, a baixa progesterona pode:

  • Aumentar o risco de osteoporose.
  • Dificultar o controle do peso.
  • Favorecer distúrbios do sono e alterações emocionais.

A deficiência desse hormônio também afeta a função cognitiva e pode agravar sintomas como ansiedade e irritabilidade.

Como equilibrar os níveis de progesterona na menopausa

O acompanhamento médico é fundamental para avaliar a real necessidade de reposição hormonal. O tratamento pode envolver:

  • Terapia de reposição hormonal (TRH), indicada caso a paciente tenha sintomas intensos ou riscos elevados.
  • Suplementação de progesterona natural em cápsulas, cremes ou supositórios.
  • Hábitos saudáveis, com alimentação equilibrada, prática de atividade física regular e controle do estresse.

Qualquer intervenção deve ser orientada por um profissional especializado, levando em conta histórico médico, sintomas e riscos individuais.

Conclusão

A avaliação do nível de progesterona na menopausa é fundamental para o bem-estar da mulher, pois alterações hormonais podem causar desconfortos, afetar a saúde óssea, o sono e até o humor.

O acompanhamento com um médico endocrinologista especializado garante um diagnóstico preciso e tratamento adequado para cada caso.

Se você apresenta sintomas relacionados à menopausa ou dúvidas sobre seus hormônios, agende uma consulta e cuide da sua saúde de forma individualizada!

Dúvidas frequentes

Por que a progesterona fica tão baixa na menopausa?

Sem ovulação, os ovários deixam de produzir o hormônio de forma significativa, resultando em níveis praticamente indetectáveis no sangue.

Reposição de progesterona é indicada para toda mulher na menopausa?

Nem sempre. O tratamento deve ser personalizado, avaliando sintomas, riscos e histórico de saúde junto ao ginecologista.

Quais sintomas indicam baixa progesterona na menopausa?

Ciclos irregulares, ondas de calor, insônia, alterações de humor, dificuldade para emagrecer e perda de libido são alguns sinais frequentes.

Como posso melhorar meus sintomas de forma natural?

Praticar exercícios, adotar uma alimentação balanceada, controlar o estresse e manter acompanhamento médico ajudam muito na qualidade de vida nessa fase.

Dra. Camila Farias
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Dra. Camila Farias
Dra. Camila Farias

Especialista em endocrinologia em Goiânia, oferecendo consultas presenciais e online. Atua no tratamento de diabetes, obesidade, disfunções da tireoide, menopausa e demais distúrbios endócrinos.

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