Ovário policístico é um tema que costuma gerar dúvidas e preocupação, inclusive, na minha prática como médica endocrinologista em Goiânia, muitas pacientes chegam ao consultório com a seguinte questão: Dra. Camila, será que ovário policístico é grave?
Justamente para esclarecer todas essas dúvidas, reuni neste artigo os principais sintomas, riscos associados e quando procurar ajuda médica para garantir sua saúde e bem-estar.
O que é a Síndrome do Ovário Policístico?
A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é um distúrbio hormonal comum em mulheres, caracterizada por:
- Presença de cistos pequenos nos ovários.
- Aumento dos hormônios androgênicos.
- Irregularidade na ovulação.
Essa condição pode causar menstruação irregular, acne, ganho de peso, dificuldade para engravidar e aumento dos pelos no corpo.
Ovário policístico é grave?
Na maioria dos casos, a SOP não é considerada uma doença grave, mas merece atenção.
Alguns quadros apresentam sintomas leves, enquanto outros podem evoluir para complicações sérias, como diabetes, doenças cardiovasculares, infertilidade e risco aumentado de câncer de endométrio.
Por isso, o acompanhamento médico especializado é essencial.
Principais sintomas do ovário policístico
Entre os sintomas mais comuns, destaco:
- Menstruação irregular ou ausente.
- Excesso de pelos no rosto, seios e abdômen.
- Acne e pele oleosa.
- Queda de cabelo.
- Ganho de peso ou dificuldade para emagrecer.
- Dificuldade para engravidar.
- Sintomas psicológicos, como ansiedade e depressão.
Complicações associadas ao ovário policístico
Mulheres com SOP têm maior chance de desenvolver problemas como resistência à insulina, diabetes tipo 2, pressão alta, doenças cardíacas e, em casos raros, câncer de endométrio.
O risco aumenta quando a síndrome não é tratada de forma adequada, evidenciando a importância do diagnóstico precoce.
Quais são os fatores de risco para desenvolver SOP?
Entre os fatores de risco, estão:
- Predisposição genética.
- Histórico familiar.
- Obesidade.
- Resistência à insulina.
- Início precoce dos pelos pubianos.
- Alimentação inadequada.
- Sedentarismo.
Algo que reforço sempre com minhas pacientes é a atenção especial a esses fatores de risco, e claro, buscar diagnóstico especializado ao notar os primeiros sintomas.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da SOP é feito com base nos sintomas, exames hormonais e ultrassom dos ovários.
O tratamento deve ser individualizado, podendo consistir em:
- Mudanças no estilo de vida.
- Controle do peso.
- Uso de anticoncepcionais, medicamentos para regular hormônios ou ovulação.
- Em casos selecionados, intervenções cirúrgicas.
Quando procurar um especialista?
Procure o ginecologista ou endocrinologista ao perceber alterações menstruais frequentes, dificuldade para engravidar, excesso de pelos, acne persistente ou ganho de peso inexplicável.
O acompanhamento regular é fundamental para prevenir complicações e garantir qualidade de vida.
Conclusão
Como vimos, ovário policístico em si não é grave, porém, diante das complicações associadas, é importante consultar um profissional especializado a fim de obter o diagnóstico correto e o tratamento de acordo.
Sempre reforço com minhas pacientes que os sintomas da SOP não devem ser negligenciados, e quanto antes tratada, melhor o prognóstico.
FAQs
Ovário policístico pode virar câncer?
A chance é baixa, mas o risco de câncer de endométrio pode aumentar em quem tem SOP sem tratamento. O acompanhamento médico reduz esse risco.
Quem tem ovário policístico pode engravidar?
Sim, a gravidez é possível com tratamento adequado. Muitas mulheres com SOP conseguem engravidar com acompanhamento e orientação médica.
Ovário policístico engorda?
É comum haver dificuldade para emagrecer ou tendência ao ganho de peso, pois a resistência à insulina é frequente na SOP. Mudanças no estilo de vida ajudam a controlar o peso.
SOP tem cura?
A SOP não tem cura, mas pode ser controlada. O tratamento ajuda a reduzir os sintomas e prevenir complicações.
- Diabetes gestacional pode ter parto normal? - 27/06/2025
- Nível de progesterona na menopausa: o que muda? - 27/06/2025
- Nódulo na tireoide pode virar câncer? Saiba os riscos - 27/06/2025